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Molas semelhantes são usadas em Kombis de lotada e são vendidas em muitas autopeças.
Importante lembrar que nas (maioria das) Kombis o "esporão" (onde se fixa o olhal inferior do amortecedor traseiro) tem a ponta voltada para trás e neste caso não há problema.
Já nos Fuscas, Brasilias etc a ponta do esporão é voltada para frente e nesse caso a adaptação de mola no amortecedor traseiro eu não recomendo. A tensão da mola se opõe a da barra de torção e o comportamento da suspensão fica imprevisivel e estranho. Em alguns casos as rodas traseiras "se abrem" quando da marcha a ré. Em algum lugar do Forum expliquei isso com mais detalhes mas não lembro onde foi.
O amigo deve reparar tambem que o produto anunciado exige que a capa do amortecedor seja metálica (muito raro isso nos amortecedores novos atuais) pois a mola anunciada se apoia nessa capa. A capa do amortecedor, mesmo metálica, é apenas uma proteção contra terra, não sendo projetada para receber esforços, ainda mais oblíquos.
A kadron antigamente fabricava essas molas para os fuscas e afins, inclusive usei muito um par dela numa gaiola que tinha e nunca deu problema não a traseira fica bem firme, inclusive um amigo esta usando no fusca dele e esta gostando.....
Ricardo não entendi a sua explicação, pois pretendo colocar no meu puma que esta com motor AP.
como se opoe ao sistema de barra de torção original do fusca?
Para explicar com palavras realmente fica dificil. Tente ver na prática o que acontece. Pressione o veiculo para baixo, pelo parachoque traseiro, pelo paralama ou pela carroceria próximo a uma das rodas traseiras.
Observe que, em relação ao veículo, o facão "sobe" (gira em torno do eixo da barra de torção). A capa do semi eixo (trombeta), fixada ao facão, alem de "subir" gira para frente (no sentido das rodas em marcha a frente). Como o esporão está fixo a "trombeta" este tambem gira para frente e seu olhal inferior "abaixa um pouco" e muda a inclinação do amortecedor. A tensão da mola, que apontava para baixo , praticamente quase vertical, agora aponta mais inclinada para trás (seu efeito de sustentar o veiculo diminui significativamente).
Num carro com carroceria fica dificil visualizar isso, mas numa gaiola ou triciclo pode-se ver claramente.
A fig (feita no Paint) tenta mostrar o jogo de torques que se opõem entre si. Não sou bom desenhista, mas vou tentar.
Ao passar num quebra molas, por exemplo, o facão "sobe" (gira para cima em torno do eixo da barra de torção). A barra de torção se opõe a isso aplicando no facão o torque "B". Ao subir o facão, o esporão a ele fixado, comprime um pouco mais a mola do amortecedor, que reage com a força "F" sobre o esporão. A força "F", que tem braço de alavanca em relação ao eixo traseiro, provoca o torque "T" que manifestamente se opõe ao torque "B".
Fica uma "competição" de forças e torques que variam com a rigidez da mola usada, com sua tensão inicial, com a inclinação do facão naquele momento, com a regulagem inicial do facão, com a inclinação do veículo numa curva, com a variação brusca da sua velocidade e etc, cujo resultado (num determinado momento ou posição do conjunto) pode ser imprevisível e levar, na prática, a algo diferente do esperado e na hora mais imprópria.
O amigo deve refazer a fig, porem com o esporão apontado (ainda que ligeiramente para trás), como é o caso das Kombis (pelo menos a maioria delas). Neste caso, a reação da mola (Força "F" da fig.) provocará um torque "T" no mesmo sentido do torque "B".
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